
Quando decidi criar um site de autora, loguei no WordPress sem imaginar que, somente nesse e-mail, eu tinha um histórico de mais três blogs.
Blogar fez parte da minha adolescência e início da vida adulta e, apesar de eu entender que isso também tem um fator geracional muito forte, agora vejo que meu interesse imenso nesse tipo de plataforma, texto e troca é anterior a isso: desde a infância, eu busquei ferramentas de expressão diferentes, mas o sentido de todas elas sempre foi descobrir novas possibilidades de conexão e diálogo.
Para mim, escrever ou mesmo experimentar outras formas de expressão é algo que não existe sem o desejo de mostrar e comentar processos — ainda que essa minha relação seja vez ou outra tangenciada pela insegurança que sair de si pode envolver. Por isso, hoje promovo leituras em conjunto, medeio debates a partir delas, faço leituras críticas de obras e tento, cada vez mais, criar a partir desse desejo de expressão que busca o Outro para fazer sentido.
Sou formada em Direito, interessada principalmente na área de direito público, tendo uma atuação considerável em produção de conteúdo feminista e relacionado aos direitos humanos no todo. Nesse caso, também faço palestras, guio rodas de conversa e participo de eventos.
Minha atuação como escritora ainda é bem restrita ao mundo online, muito porque pra mim não faz sentido escrever sem mostrar o processo junto. Estou online para fazer quem me acompanha não me conhecer apenas pelo produto final, mas também pelos testes, experimentações e erros.
Ninguém nasce pronto e, em um mundo que somente reconhece como bom o que já está no fim da linha de montagem e costuma ignorar tudo que vem antes, encarar o processo e ter coragem de expor um pouco dele é um lembrete de humanidade.
Escrever sobre si, especialmente nesse sentido de se vender como profissional, é um desafio e tanto pra maioria das pessoas, inclusive para mim. E isso fica ainda mais difícil quando a necessidade dessa escrita de reafirmação encontra o desejo de valorizar também o meio, tirando-o do esconderijo para colocá-lo diretamente sob os holofotes da exposição, logo do julgamento.
O mundo quer saber somente dos bons resultados, não de como erramos, acertamos, desistimos, partimos para o plano B, voltamos atrás, exploramos algo novo, tentamos o caminho mais difícil, nos aventuramos, erramos mais ainda, somos rejeitados, nos sentimos abandonados, fazemos amigos e criamos, apesar de tudo, porque criar é bom, nos move, mexe com o que vem de dentro, promove encontros e nos lembra que somos gente. E eu prefiro ser gente, ainda que meio extraterrestre, do que viver minha criatividade de acordo com essas regras.

um resumo das minhas experiências
Sou uma das mediadoras do Leia Mulheres Divinópolis desde julho de 2019 e criei um clube de leituras online chamado Cidade Solitária em abril de 2020. Em ambos, faço mediação, curadoria e cuido das redes sociais do projeto in loco. No Cidade, também coordeno, organizo e administro tudo, estando sempre atenta às novas tecnologias, como o Telegram, e novas ideias, como o Miudezas Literárias.
Publiquei de maneira independente um conto avulso chamado “Maria Eduarda não precisa de uma tábua ouija” na Amazon em dezembro de 2020 e ele já conta com 100 avaliações positivas por lá.
Após ficar em 2º lugar no Concurso Poesia InCrível de 2021, meu livro de poemas “eu investigo qualquer coisa sem registro” veio ao mundo pela Crivo Editorial. Por ter sido financiado pela Lei de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte, a obra não pode ser comercializada inicialmente. (Mas agora pode!) O que significa que vocês podem ler meus poemas gratuitamente baixando o PDF, o mobi, o epub e o audiobook e/ou comprar, diretamente comigo ou no site da Crivo Editorial, um exemplar dessa 1ª reimpressão pra chamar de seu. Além disso, exemplares físicos estão disponíveis para empréstimo nos principais centros culturais da capital mineira*. Assista a live de lançamento aqui.
Atuei como empreendedora cultural, editora, organizadora, bordadeira e escritora no projeto “Jurema: mulheres (re)escrevem a cidade” (LMIC – BH 0552/2021).
Sou pós-graduada em Escrita e Criação na Universidade de Fortaleza (Unifor).
Redigi a orelha do romance “Do verbo corresponder e o que vem antes” de Amanda Magalhães, da novela “Filha” da Nayara Noronha e do livro de poesia “Areia não é sujeira” da Pâmela Rodrigues, fora o prefácio da coletânea de contos “Papéis” de Nina Rocha.
Fiz a leitura crítica de alguns livros, entre eles o “Do verbo corresponder e o que vem antes” de Amanda Magalhães e o “a história termina com um carro vazando óleo no fundo do lago de um pesque-pague abandonado” da Paula Gomes.
Faço parte do coletivo de poesia Zarafas com Erica Martinelli, Letícia Miranda, Fernanda Charret e Amanda Magalhães.
Atualmente colaboro com a Revista da Mormaço Editorial, com o portal Fazia Poesia e com o coletivo Escreviventes.
Recentemente, participei do podcast LeiaNovosBR falando sobre minhas publicações com a Carol Vidal. Fui entrevistada no projeto Como Eu Escrevo e no Escritor Brasileiro e uma conversa minha com a assessora de imprensa Marcela Güther saiu no Mirada Janela. Tive sete poemas publicados no Ruído Manifesto, seis na fiiiiiirma de poesia Totem e Pagu, três na Revista Controvérsia, outros três na Revista Toró e cinco na Revista Aboio. Também apareci no Toma aí um Poema lendo as poesias “entre territórios”, “como produzir sua própria criatura” e “oh my god”. Fui lida algumas vezes no #TragoPoemas da Renata Ettinger. Tive trabalhos publicados na Revista Desvario e participei da 3ª temporada do podcast do projeto. Conversei com a Carla Guerson sobre a Maria Eduarda no podcast “Você, Personagem” e falei do livro “A cidade solitária” no Instagram Cansei de Netflix.
Além disso, o “eu investigo qualquer coisa sem registro” foi resenhado pela Anna Carolina Ribeiro no site Valkírias, pela Milca Alves no Literalmente Uai, pela Lorraine Assis na Revista Caliban, pela Laura Redfern Navarro no Matryoshka Books, pela Christy Najarro Guzmán na Revista Cassandra, pela Luiza Leite no blog Leia Luiza e pela Priscilla Pinheiro em seu blog pessoal.
Meu livro também já foi parar em dois clubes de leitura: o do projeto Desvario (jul/22) e no Clube Casa das Poetas da Casa Inventada (jan/23).
Além disso, fui entrevistada, tive meu livro resenhado pela Julia Peccini na newsletter Frestas. A matéria ficou tão completa que conta até com colagens minhas ao longo do ensaio.
* Meu livro está disponível para empréstimo e consulta nos seguintes Centros Culturais de Belo Horizonte: Usina da Cultura, Salgado Filho, Padre Eustáquio, Venda Nova, Urucuia, São Geraldo, Jardim Guanabara, Pampulha e Vila Marçola. Meu livro também está disponível para empréstimo e consulta no Espaço Cultural Casa Bem Assombrada em Itaguara/MG, como parte do acervo da Biblioteca de Poesia “O sabiá no guarda-roupa”.

também destaco
Além de ter colaborado para as publicações Fale Com Elas, Mulheres Que Escrevem e Revista Subjetiva no Medium, sendo parte da equipe editorial da última por um ano, trabalhos meus já saíram em coletâneas físicas como a Revista Chama, a zine Goji Berry*, o primeiro volume do Contos Brasil, o 2º volume da antologia visual e poética Quem dera o sangue fosse só o da menstruação, a coletânea política “Não há nada mais parecido a um fascista do que um burguês assustado”, o livreto coletivo Jurema e a antologia Entre janelas vol. II. Vez ou outra, participo ou participei pontualmente de alguns sites e projetos, como o Delirium Nerd, Minas Nerds, Desvario e o Salto Quebrado. Também já tive dois textos republicados na Editar nº5, revista organizada por alunos de letras do CEFET-MG.
Em 2021, expus textos e colagens na primeira edição da Revista Rubiginosa e me tornei editora dessa publicação digital que buscava dar maior visibilidade para trabalhos, em texto e imagem, de autoras mulheres. A Revista se encontra em pausa no momento, mas é possível conferir o Instagram dela para me ver como host de lives e conhecer artistas e escritoras incríveis.
Fora isso, vale destacar que uma das minhas histórias recebeu menção honrosa no 1º concurso de contos promovido pelo Leia Mulheres junto ao Sweek em 2017 e que tive dois contos selecionados como finalistas de um concurso dessa mesma plataforma em 2018.

sobre direitos humanos e feminismo
Criei, administrei e escrevi durante anos nos projetos feministas Ativismo de Sofá, Mulheres Notáveis e Indiretas Feministas. Fora isso, fui uma das criadoras e organizadoras da Virada Feminista Online nos anos de 2016 e 2017. Seguindo essa linha, destaco a minha participação com um ensaio na obra “Pandemia e crises: percepções jurídicas e sociais”, organizada por Regina Alice Rodrigues Araujo Costa, Adrian Gabriel Serbim de Lima Fontes e Sérgio da Silva Pessoa em 2020, minha colaboração pontual como convidada do projeto Diversidade no Direito e as minhas atividades como palestrante em eventos como o encontro da Conferência de Assistência Social do Conselho das Mulheres de Cláudio em 2015, a Fenelivro de 2016 e o I Seminário de Psicologia, Direitos Humanos, Diversidade Sexual e Gênero em 2019, fora a atuação como mediadora numa atividade do CREAS e CRAS voltada para discussão de temas como machismo, violência, voz, escuta e silêncio na cidade de Itapecerica que aconteceu também em 2019.