re.gis.tro substantivo masculino no dicionário domínio patriarcal e branco na história prática feminina no planeta
1. certidões civis.
de nascimento, casamento, união estável, óbito, com nome ou não retificado. de antecedentes criminais, regularidade fiscal, imóveis e inscrição na junta comercial.
no mundo jurídico-burocrático-cartorário tudo que existe precisa ser documentado conforme algumas regras.
e pra onde vai o que não cabe nessas regras? a gente que lute para não deixar o registro jurídico sobrepor a todas as outras formas de registro.
2. o mesmo que diário, seja o pessoal e intransferível, seja o livro contábil.
o registro pode ser uma elaboração do eu e também uma análise das contas.
3. peça utilizada para regular o funcionamento de chuveiros;
é importante anotar: quando essa peça queima, quando o gás acaba, quando se precisa dar um jeito, porque tudo isso custa dinheiro.
todo registro também é uma forma de calibragem do que se quer e o que se precisa fazer.
4. item essencial em todas as prestações de contas.
5. o registro é uma espécie de coleta, seja ela provocada, metódica ou involuntária.
é possível registrar sem querer querendo.
6. pode ser uma tentativa de captar ou destacar nuances.
por fotografia, gravação em vídeo, arquivo de som, grafite, pintura, bordado, decoupage, escultura, pixo, maquete de escola, biscuit, print de tela, contação de história, fofoca, escrita acadêmica, jornalística, memoralista, de blog ou ficcional.
dizem que poetas e cronistas se dão bem nesse aspecto.
7. ajuste das lentes utilizadas para captar as nuances citadas no item 6.
às vezes a gente precisa limpar bem os óculos para conseguir perceber o que, como e quando se deve documentar o que nos cerca.
o que está faltando? por que está faltando? por que pareço um turista na minha própria cidade? quem se faz presente no meu lugar?
nem todas as histórias foram contadas disse Dalva Soares citando Carola Saavedra
e é verdade.
8. todo registro também demanda acertar as arestas da percepção.
9. é o resultado da observação e seus desdobramentos.
10. o que faz um instante de atenção durar tempo o suficiente para se fixar no cérebro
é um momento com uma existência menos temporária que sua duração fática.
o registro é a tentativa de manter nossas sinapses funcionando
11. o registro pode tomar forma
e entre tantas formas possíveis pode vir a ser notas de celular feitas para ajudar a memória a funcionar melhor.
as notas podem ser qualquer recurso inclusive um post it pregado na geladeira que diga o que se precisa fazer e também “ela esteve aqui” ou “ela pode estar aqui” ou “por que ela já não está mais conosco?”.
o registro pode ser um epitáfio, mas costuma ser ainda mais físico do que isso.
12. é o que fica de uma história que marca o registrante. uma evidência de ocupação de tempo, espaço, lugar no álbum de família.
13. o registro é uma prova de vida.
Esse texto foi produzido durante a residência art´ístico-literária do projeto Jurema na Cidade e por isso foi originalmente publicado em seu blog.O projeto também foi responsável pelo lançamento da coletânea “Jurema: mulheres (re)escrevem a cidade”. Você pode lê-la na íntegra em pdf ou ouvi-la no Spotify. Faço parte do livro como autora, organizadora, editora e bordadeira.
cacareco foi uma rinoceronte fêmea que comia sem frescura caules raízes ervas folhas se era mato ia pra dentro
até que um dia cacareco recebeu 100 mil votos para vereadora da maior cidade de um país que nem era o seu
cacareco nunca assumiu cargo político algum nem ficou sabendo das 100 mil pessoas que escreveram em uma cédula em branco seu nome
cacareco simplesmente continuou comendo as plantas lenhosas que nasciam na sua jaula do zoológico se era mato ia pra dentro até que um dia cacareco virou memória
todo poema é feito de cacarecos rinocerontes ou não
nem todo poema é feito do que se encontra nos anais da história mas esse é
a cortina entreaberta deixa entrar no quarto um estilhaço da golden hour que acontece lá fora enquanto eu durmo usando uma camisola que me deixa escapar um pedaço do peito
a luz solar alaranjada invasora da minha janela ultrapassa as fronteiras da roupa de cama e ocupa o outro lado da pálpebra desmanchando tudo que se conhecia até então
duvido dos meus contornos da largura do meu pulso do tamanho dos meus braços da área das minhas coxas de como ocupo a cama me espalho pela casa e pareço refletida no espelho do banheiro
o desaparecimento parece inevitável uma mulher escondida se dilui em seus pertences e se aproxima cada vez mais de uma coberta felpuda e confortável
a manada percorre tempo território espaço e numa lógica animal visita vilas cidades condados atravessa rios trilha estradas ocupa fazendas desviando de drones que tentam fazer o bando voltar pra casa sem nem perguntar o que eles acham disso
rota migratória retiro espiritual desejo por aventura simples teimosia fuga
não importa o nome
um cara branco vai escrever um texto no LinkedIn sobre a força de vontade desses bichos enormes e motivados
um jornalista brasileiro vai publicar a tradução de uma matéria gringa sobre esse intrigante mistério animal
e eu eu vou fazer um poema sobre a memória dos elefantes
se você gostou desse poema inédito, deixe um comentário, compartilhe com seus amigos e me acompanhe também pelo Medium, Facebook, Twitter, Tinyletter e Instagram.
Revistas e portais literários são meios importantes de divulgação, mapeamento, registro e memória de trabalhos produzidos por quem escreve o nosso tempo. Além disso, funcionam como lugares de experimentação, de encontros e trocas entre autores, editores e apaixonados pela literatura. São também espaços de incentivo à diversidade e promotores da democratização da leitura e da escrita.
Pensando nisso, e também nos debates sociopolíticos que essas revistas, portais e sites podem fomentar, eu reuni numa thread do Twitter vários projetos que versam de alguma forma sobre escrita e arte, sendo a maioria deles acessíveis de maneira gratuita e online, ainda que alguns também ofereçam serviços pagos. Como nem todo mundo que escreve e lê usa a rede social em que publiquei originalmente essa tentativa de acervo, decidi postar por também aqui.
A LISTA
O portal Fazia Poesia conta com uma equipe de 255 poetas, espalhados em mais de 60 cidades e 5 países, e publica de 2 a 4 poemas por dia. Além disso, também tem podcast, colunas e artigos, fora oficinas pagas.
Hospedada no Medium, há também a revista eletrônica da Mormaço Editorial, editora independente de literatura brasileira contemporânea. Com mais de 60 autores na equipe, a Mormaço publicava cerca de 10 textos por semana até passar a lançar edições mensais.
Organizada pela Thainá Carvalho, a Revista Desvario tem como mote valorizar a escrita e o trabalho visual das mulheres. Além de publicar autoras e colagistas de diversos lugares do país, o projeto também promove um podcast e um clube de leitura.
O portal Escritor Brasileiro promove chamadas frequentes com temas específicos para construir sua Revista Subtextos, publica entrevistas com autores independentes e posta resenhas, crônicas e afins.
A Casa Inventada é um espaço virtual que promove a escrita e a leitura a partir de cursos, oficinas, clubes de leitura e um blog que publica textos produzidos por mulheres. É um projeto focado na produção literária feminina, mas homens são bem-vindos como alunos nas aulas e cursos.
A Revista Torquato nasceu em 2019 em Manaus e tem o objetivo de difundir trabalhos de autores de todos os países lusófonos, dando uma atenção especial à produção amazonense.
A Mirada é um projeto colaborativo e um espaço dedicado às artes e à pluralidade construído pela Taciana Oliveira. Com publicações semanais, tem como proposta fomentar ações culturais proporcionando aos leitores conteúdos que valorizem a construção de ideias e a valorização da diversidade.
A Aboio é um portal de divulgação cultural que publica contos e crônicas, poesia, crítica e tradução. Além do site, o projeto conta com um podcast, uma newsletter, uma campanha de financiamento coletivo e uma editora.
O portal de entrevistas literárias Como Eu Escrevo é um espaço feito para conhecer mais sobre nomes da literatura brasileira e seus processos criativos e de escrita.
A Mallamargens é uma revista de poesia e artes visuais. O veículo tem atualizações diárias, números mensais e está no ar desde 2012.
A Tamarina Literária é voltada para a divulgação da literatura brasileira contemporânea, tendo como ênfase a literatura autoral. Apesar de manter uma equipe de colunistas fixa, também aceita colaborações externas. Suas edições mensais são publicadas no Medium e podem ser baixadas em formato PDF pelo linktree do projeto.
Cassandra busca valorizar a escrita das mulheres. Editada por Milena Martins Moura e Cecília Lobo, a revista tem uma equipe fixa e também trabalha com convidadas. Fora isso, tem ISSN e parceria com o coletivo de escritoras EscreviVentes.
As poetas Júlia Raiz e Natasha Tinet constroem a Totem & Pagu, uma firrrrrma de poesia que une palavras & colagens & muita ousadia.
Editado pela Mia Sodré, o Querido Clássico é um portal mais que literário feito por mulheres que escrevem sobre cultura e clássicos: literatura, cinema, história, televisão, arte. Se você gosta de pesquisar, ler e ensaiar sobre esses assuntos, vá atrás. O site conta com uma equipe fixa de colaboradoras, mas é possível participar pontualmente também.
A Ruído Manifesto é uma revista voltada para literatura, crítica e audiovisual sediada no Mato Grosso, mas aberta para a publicação de textos em língua portuguesa.
A Revista Sucurué uma publicação brasileira (e nordestina) de literatura e arte contemporânea. Como tal, se propõe a divulgar, incitar e inspirar a produção artística e literária do Nordeste e do Brasil na contemporaneidade; publicando tanto autores iniciantes quanto veteranos, de todas as regiões do país.
A Revista Poça é uma publicação digital de textos poéticos feitos por mulheres. O projeto mescla palavra e imagem, encorajando a expansão do trabalho poético.
A Revista Aorta tem um caráter formativo e busca o compartilhamento e fortalecimento do cenário literário. Oferece oficinas de escrita, workshops e um canal de compartilhamento de obras e difusão da arte.
A Revista Rubiginosa nasceu do fim da Alpaca Press e assim como ela tem como ideal divulgar o trabalho literário e de artes visuais de mulheres. Em hiato desde o ano passado, é possível acessar e baixar as duas edições da revista clicando em sua página de links.
O Toma aí um Poema é um portal que edita coletâneas, divulga artigos literários em seu espaço, posta notícias de lançamentos independentes e publica leituras poéticas em um podcast disponível nos principais streamings e Youtube e afins.
A Revista Arara é um projeto que busca mapear artistas e eventos culturais numa plataforma digital e multimodal fácil de usar. Ampla, é possível encontrar toda espécie de arte em seu acervo, contendo também material em espanhol, buscando uma conexão com o restante da América Latina.
Fundada em 2016, a Poesia Primata é uma revista eletrônica voltada para a difusão da poesia brasileira contemporânea.
A Revista Toró recebe trabalhos de literatura, crítica e todo tipo de atravessamento artístico em fluxo contínuo. Tem poema, tem conto, tem resenha e tem textos comentando obras visuais.
A Revista Rosa se apresenta como política, teórica e artístico-cultural, um órgão de intervenção na luta pela democracia e pela justiça social.
A Felisberta é uma revista de poesia editada por Eduarda Rocha, Marina Rima e Matheus Hotz entre Maceió, Belo Horizonte e Juiz de Fora. O projeto publica poemas, traduções, contos curtos & artes visuais.
A Mathilda é uma revista literária voltada para a publicação de poesia, prosa e textos teatrais. É aberta para explorar as fronteiras entre palavra e imagem, traduções de obras completas e parciais, artigos literários, e, aparentemente, outras coisas, desde que caibam na no eixo temático escolhido para o número. Abre chamadas.
A Revista Caliban é voltada para a divulgação das letras, artes e ideias e se pretende multi e interdisciplinar, sendo formado por pessoas de vários países (Portugal, Brasil, Angola, Moçambique).
A Alcateia é bimestral e reúne textos sobre processo criativo na escrita, narrativas diversas, leitura e tudo que se relaciona a esses tópicos, além de contos e poemas.
Com edições trimestrais, além de algumas temáticas, a Revista Gueto é um portal de literatura em língua portuguesa que publica muita coisa boa.
O projeto Mulheres Que Escrevem também é voltado para a valorização da escrita das mulheres e tem como mote promover uma conversa entre autoras. Além de oficinas, Instagram, podcast e afins, a equipe também mantém uma publicação no Medium repleta, principalmente, de poesia.
O Leitor Cabuloso é um portal dedicado a todo mundo que gosta de literatura. Tem contos, colunas, resenhas e variados podcasts voltados para escrita, leitura e criação.
A Escamandro é um projeto voltado para poesia, crítica e tradução e já tem mais de uma década de vida.
A Revista Ikebana tem como enfoque produções nacionais de autores LGBTQIA+, mulheres e pessoas pretas.
A Kuruma’ta é uma revista online de culturas e afetos compartilhados. Ideia de Aderaldo Luciano e Toinho Castro. Além do site e Instagram, hospeda a Rádio Plutão.
A Germina Literatura é uma revista digital e independente voltada para difusão da literatura e da arte. Perto de completar 20 anos, publica todos os gêneros literários e encoraja aproximações com outras artes como cinema, fotografia, música e teatro.
Entre tantos projetos legais, destaca-se também a Revista Acrobata que tem um trabalho voltado para literatura e artes visuais. Tem resenhas, artigos, traduções e, claro, poesia e prosa.
A Noturna é uma revista literária focada em publicar contos de autoria feminina que transitem entre a literatura fantástica e o horror.
O seloCafé Espacial, criado pelo editor Sergio Chavese pela jornalista Lídia Basoli, existe desde 2007 e tem a missão de aproximar públicos de diversos segmentos artísticos por meio da difusão de histórias em quadrinhos autorais e artes afins.
A Revista Emília é um publicação digital independente e gratuita que, desde 2011, se dirige a todos os agentes que trabalham a leitura e a escrita como instrumentos para a formação de leitores críticos e conscientes.
A Revista Piparote é um espaço criado para o debate e para a divulgação de ideias no campo da Literatura e das Artes. Pretende-se divulgar no meio digital e impresso novos autores nacionais e internacionais; bem como lançar um piparote sobre o túmulo para reavivar a gênese dos mortos.
A Revista Ventania pretende ser um lugar de integração e divulgação do trabalho de jovens pesquisadores, pensadores, artistas ou criadores. Publica ensaios e textos literários.
A Revista Gratuita é uma publicação literária da Editora Chão de Feira. Até então são cinco edições que podem ser baixadas em formato PDF e lidas pelo site.
A Revista Lavoura é um espaço voltado para a divulgação de ficção, crítica e entrevista, acolhendo escritores, editores, críticos, ensaístas e pesquisadores de carreira sólida ou novata. Tem apoio da Reformatório, do Estúdio Risco e da Unicórnio Editorial. Além do site, possui publicação impressa que pode ser comprada.
A Revista Potocando busca unir literatura e RPG e conta com chamadas semestrais.
A Revista a.galinha é uma publicação independente em formato digital, que tem como objetivo circular o trabalho de pessoas que escrevem e produzem arte, com foco em latinoamericanes e em especial, brasileiras, brasileiros e brasileires.
A Revista Cupim é uma revista de literatura, elaborada em formato digital. Dividida em leitura, escrita e conversa, publica ensaios, contos, crônicas, traduções, poemas, cartas e entrevistas.
A Revista Caju é um espaço cultural voltado para a difusão de todo tipo de arte. Passeando no site, a gente descobre que a curadoria do projeto é voltada para literatura, música, artes visuais, cinema, artes cênicas, cidade e arquitetura, pensamento e carnaval.
A Jamburana é um jornal literário colaborativo, independente e gratuito. Garoa é seu selo voltado para a divulgação de poesia.
A RevistaRia é a revista virtual da Ria Livraria, livraria de rua que está localizada no bairro Sumarezinho em São Paulo, capital. Publica contos, poemas, artigos, resenhas e lançamentos.
A Revista Pólen é um espaço pra quem acredita na literatura sem barreiras, na renovação e no coletivo.
A Revista Uso é uma publicação impressa, semestral, direcionada à visibilidade e circulação de trabalhos em textos e artes. Além das edições físicas, a Uso também se desdobra digitalmente.
A Revista Contos de Samsara é uma produção literária digital de assiduidade bimestral que tem como intuito estimular a literatura nacional divulgando autores e disponibilizando contos gratuitamente a todos os leitores. É editada por Michele Machado Fernandes.
A Revista Subjetiva tem um histórico de publicação de diversos autores, especialmente no âmbito da não-ficção. Tem ficção também, claro, mas entre todas as revistas citadas até então essa é a única que tem muita coisa nesse viés.
A Revista Garupa reúne contos, poemas, cartas, tudo muito bom. Vale destacar também a beleza do site e da identidade visual do projeto.
O Bem Dito é uma plataforma multimídia que mescla opinião, política, arte, reportagem e outras travessuras em texto, imagem e som.
A Revista Jezebel é um braço da Editora Colenda e conta com a curadoria da Fabiane Guimarães. Autoras como Natércia Pontes, Monique Malcher, Dia Nobre, Paulliny Tort, Cristina Judar, Marcela Dantés, Cecília Floresta e Tatiana Nascimento já deram as caras por lá.
A Deriva é um publicação independente de cultura contemporânea interessada em tratar de temas relacionados ao mundo da literatura, cinema e psicanálise.
A Revista Minha voz é um projeto digital, colaborativo, independente e sem fins lucrativos e tem como objetivo ser um espaço de diversidade e compartilhamento, enquanto fomenta trocas artísticas e literárias.
A Revista Editar é um projeto relacionado ao curso de Letras – Tecnologia de Edição do CEFET-MG e tem a intenção de funcionar como um laboratório de edição, revisão, curadoria e afins dos alunos. Com diversas edições espalhadas online, estando a maioria disponível no ISSU para leitura, é possível participar no momento da chamada para textos para a 13ª edição.
A Intransitiva é uma revista digital cultural-artística de acesso livre da UFRJ. Publica textos literários e visuais.
A Revista Literária Grifo propõe uma saída para uma travessia singular pela via da escrita e das artes visuais, abrindo caminhos para contornar os vazios que nos constituem, seja lá o que isso significar.
A Revista Contexto é um projeto voltado para a literatura contemporânea que tem o intuito de reunir produções literárias que expõem o nosso contexto político, econômico, e social, buscando provocar reflexões dolorosas, mas necessárias.
A Revista Vício Velho, editada pela Carolina Hubert, é voltada para a literatura e já está na sua 26ª edição.
A Revista Passaporte é uma revista colaborativa brasileira voltada para todos que gostam de ler e escrever sobre viagens.
A Delirium Nerd é um site colaborativo escrito por mulheres, com matérias sobre cultura, comportamento e representação feminina, com destaque em produções feitas e protagonizadas por mulheres. Idealizado por Isabelle Simões está no ar desde 2016.
Porco Espinho é um site de entretenimento voltado para cinema/tv, música e literatura.
OHomo Literatus tem como premissa tornar a literatura um conteúdo acessível e interessante dentro da internet.
O Valkirias é um espaço dedicado à cultura pop criado e realizado exclusivamente por mulheres. Com intenção de pensar música, cinema, tv, literatura e games sob uma perspectiva feminista, elas escrevem.
A Revista Philos tem como objetivo transformar as afinidades literárias e artísticas em instrumentos de cooperação entre os povos latinos.
A Revista A Taverna é voltada para a divulgação de textos e autores que escrevem ficção científica, fantasia e terror.
A Revista Trasgo é voltada para a ficção científica e fantasia. Eles não publicam mais contos, mas tem um belíssimo acervo!
A Revista Avessa se coloca como autoral, criativa e diferente. É voltada para o fantástico.
A Revista Mafagafo é criativa, bem preparada e voltada para a publicação de textos nos gêneros ficção científica e fantasia.
A Eita Magazine! foi criada para divulgar a produção de ficção insólita brasileira para o público estrangeiro, para revelar as tendências da ficção fantástica contemporânea e inserir a produção brasileira no diálogo cultural do mundo.
A Fantástica 451 divulga análises, resenhas e críticas relacionadas às Narrativas Fantástikas, como a Ficção Científica, Fantasia, Horror, Weird e demais relacionadas, tanto em literatura quanto em cinema e outras mídias.
A Revista Pretérita é voltada para a divulgação de obras do gênero ficção histórica.
A Fale Com Elas não está mais em atividade, mas ainda reúne vários trabalhos literários produzidos por mulheres. Tem resenhas, contos, poemas, híbridos, crônicas e ensaios.
A Revista Pasmas é voltada para a publicação de mulheres e tem como editoras Heloisa Pait, Juliana de Albuquerque, Ludmila Franca-Lipke e Thainá Pedroso.
A Escrita Droide é uma revista-blogue voltada para a publicação de poesia.
A E-feito Coliteral é uma revista literária digital que tem a intenção de homenagear a língua portuguesa e seu pluricentrismo.
A Revista Vida Secreta é voltada para a difusão da literatura e de ideias. Tem espaço para entrevistas, prosa, poemas e um podcast.
A Revista Perpétua é uma revista digital bimestral que tem a intenção de impulsionar a carreira de escritores e ilustradores pouco conhecidos. Possui newsletter e diferentes colunas.
A Revista Maçã do Amor é uma publicação digital cujo objetivo é divulgar e unir artistas de escrita e artes visuais, valorizando e divulgando a arte produzida no Brasil por brasileiros. Para eles, todo mundo merece uma história de amor e cada um tem uma visão única do que é amor, por isso a proposta é colocar em destaque o amor romântico.
A Revista Égua Literária é voltada para a divulgação e valorização da ficção especulativa, fantástica e de terror produzida por autores/as da região Norte do país.
A Revista Raimundo tinha como mote abrir portas para novos autores e autoras da literatura brasileira. Já não está mais em atividade desde 2018, mas tem um acervo interessante com contos, poemas, ensaios e traduções com alguns nomes que hoje vemos em grandes editoras.
A Chama é um projeto voltado para a valorização e a difusão da literatura feita na cidade de Belo Horizonte, tendo tido uma newsletter semanal de divulgação de eventos culturais por um tempo. Fundada por Flávia Denise, a revista teve algumas de suas edições publicadas a partir da aprovação de projetos em editais de cultura da cidade de Belo Horizonte.
A Revista Marimbondo é uma publicação, sempre gratuita, voltada ao entrelaçamento dos temas arte, cultura e cidade. Editada em Belo Horizonte, escolhe macro-temas em suas edições. Confira também o site do projeto.
A Literatura e Fechadura é uma plataforma que se dedica à promoção e fomentação da arte, poesia brasileira contemporânea, entrevistas, contos, crítica literária, abrangendo uma variedade de textos literários e cultura geral. O editor e poeta Jean Narciso Bispo Moura está à frente da curadoria dos conteúdos publicados.
APISEAGRAMA é uma plataforma editorial sem fins lucrativos, sem publicidade e open access que se dedica a inventar confluências, catalisar ideias urgentes e reunir pessoas para pensar outros mundos possíveis em aliança com coletivos urbanos, LGBTQIA+, afro e indígenas.
TIPOS ESTRANHOS
Selbstüberwindung não é uma revista, é um movimento, um estilo de vida de formas vagas. Tem shitpost, poema, carta, memórias, comentário cultural e tudo mais.
PUBLICAÇÕES QUE PODEM SER COMPRADAS
A Revista Peixe-Boi é uma revista de prosa e poesia editada pela editora Jabuticaba.
A Olympio é uma revista literária independente que enfatiza a produção ficcional, poética e ensaística contemporânea, incluindo ainda perfis e entrevistas, tradução de textos literários, relatos de viagem, ensaios visuais e fotográficos.
A Revista Intempestiva é uma publicação da Editora Urutau voltada para a literatura e artes. Tem poesia, prosa, tradução e ensaio.
A Revista Temporã busca ser um espaço de estímulo à produção literária e de formação de leitores e novas escritoras/es brasileiras.
A Revista Ouriço é uma publicação da Macondo Edições voltada para poesia e crítica cultural.
O Jornal Relevo é um impresso mensal de cultura, sobretudo literatura, feito em Curitiba desde agosto de 2010, pelo jornalista Daniel Zanella.
INDO ALÉM
A Revista Suprassuma é um o projeto do selo Suma, da Companhia das Letras. Digital, colaborativa e gratuita, procura textos de ficção especulativa e os disponibiliza gratuitamente para leitores em edições especiais, formadas a partir de chamadas temáticas.
A Revista Traços é um projeto projeto social que se propõe a auxiliar na reinserção de pessoas em situação de rua e/ou extrema vulnerabilidade financeira no mercado de trabalho e ao mesmo tempo difundir informações e novidades sobre as iniciativas artísticas e culturais da cidade – bem como de seus idealizadores – e se consolidando como uma referência para os artistas e entusiastas da cultura.
O Suplemento Pernambuco é um jornal criado em 2007 como suplemento cultural do Diário Oficial do Estado de Pernambuco. Ele se propõe a falar de literatura e a questões do contemporâneo, sendo uma ótima leitura para quem quer pensar em livros nesse viés. Tem circulação nacional e periodicidade mensal.
A Revista Continente se apresenta como um veículo contemporâneo de jornalismo cultural com periodicidade mensal, produzida em Pernambuco desde 2000. É da Companhia Editora de Pernambuco (Cepe) e um dos maiores importantes espaços culturais produzidos fora do eixo Rio-São Paulo.
A Quatro Cinco Um se coloca como uma revista voltada para os livros e faz um sucesso danado com seu famoso listão.
A CULT é uma revista mensal voltada às áreas da arte, cultura, filosofia, literatura e ciências humanas.
O Publishnews nasceu como uma newsletter, mas hoje é uma publicação diária que forma um portal de novidades literárias.
O Rascunho publica ensaios, resenhas, entrevistas, textos de ficção (contos, poemas, crônicas e trechos de romances), ilustrações e HQs e oferece bastante conteúdo exclusivo para assinantes. Fundada em Curitiba/PR, tem circulação nacional e periodicidade mensal.
COLABORE COM O ACERVO
Essa é uma lista obviamente incompleta, centrada principalmente no que conheço e lembro que conheço, então, por favor, compartilhem comigo novos links de projetos independentes (ou não) e não me xinguem porque eu esqueci de listar onde vocês escrevem ou editam.
A caixa de comentários está aberta e, ao menos inicialmente, esse post passará por pequenas edições para acréscimo dos projetos sugeridos.
Acervo pessoal – “Paraquedas” – colagem analógica feita por mim
elas são trepidantes vibram com o movimento nada retilíneo nem uniforme do ar e da saliva nas cordas vocais
em um estalo da língua elas se espatifam no bafo produzindo um barulho baixo médio alto altíssimo dependendo da vizinhança nem os cães com seus ouvidos biônicos sensíveis a qualquer mini-estrondo conseguem escutar
elas saem da boca como se fossem cogumelos cuspidos pulando de finquete numa piscina metade cheia metade vazia
depois do pulo quem manda é atmosfera ela pode destroçar um bom paraquedas derramando pedaços pela casa inteira ou fazer planar uma maçã contra a gravidade
a palavra é sempre um risco
se você gostou desse poema inédito, deixe um comentário, compartilhe com seus amigos e me acompanhe também pelo Medium, Facebook, Twitter, Tinyletter e Instagram.
esse post foi feito em comemoração ao Dia Mundial da Poesia.no Instagram você pode acessar uma versão mais visual desse trabalho.
pensa nas rezas devidas nas penitências nunca feitas na punição à espreita toda vez que ousa ser a mulherzinha endiabrada que é
que pelo menos hoje, mais um oito de março, deixemos a culpa de lado. Sejamos mulherzinhas endiabradas que dizem foda-se para essa ideia de que a gente tem que fazer por merecer para ter dignidade, respeito e paz.
Colagem analógica triplicada e editada no Canva por Thaís Campolina – Acervo Pessoal
à toa e preocupada exploro minha casa como se fossem vivos os móveis e as paredes
um demônio me provoca ⠀ ⠀ ⠀ ⠀ ⠀⠀⠀ ⠀ ⠀ e eu respondo oi entregando que estou perto da janela da cozinha cinco segundos depois curiosa e ávida por um pão olho direto para o inferno esperando a vertigem desse sumidouro
a oxigenação do cérebro continua a mesma a pulsação também meus cotovelos dobrados esbarram na toalha de mesa me fazendo sentir na pele o carinho de um mundo de farelos esquecidos
nessa voragem não há tontura nem taquicardia eu sei que estou onde deveria estar
usando bons binóculos frente ao espelho do banheiro consigo olhar de volta e me ver a qualquer tempo caçando no escuro mais alimento
o abismo sou eu e ai de mim se não continuar a nadar
Colagem analógica por Thaís Campolina – Acervo Pessoal
ninguém queimou livro nenhum rasgaram alguns poucos eram sobre direitos humanos e foi na surdina no silêncio no conforto de uma biblioteca
os livros ocupavam sua morada prateleira de direito provavelmente em ordem alfabética para serem desordenados pelo leitor que não respeita as regras e devolve para prateleira o que lê na mesa
dessa vez a desordem que veio não foi um grifo ansioso feito por uma lapiseira foram páginas e mais páginas rasgadas inclusive a que tinha uma foto que dizia