estar onde não estou

Sol da manhã (1952) – Edward Hopper

a cortina entreaberta
deixa entrar no quarto
um estilhaço da golden hour
que acontece lá fora
enquanto eu durmo
usando uma camisola
que me deixa escapar
um pedaço do peito

a luz solar alaranjada
invasora da minha janela
ultrapassa as fronteiras da roupa de cama
e ocupa o outro lado da pálpebra
desmanchando tudo que se conhecia até então

acordar é sempre uma explosão

esse poema foi escrito durante uma oficina ministrada pela Isabela Sancho no portal Fazia Poesia. se você gostou, deixe um comentário, compartilhe com seus amigos e me acompanhe também pelo Medium,  Facebook,  Twitter,  Tinyletter  e  Instagram.

Publicado por

Thaís Campolina

O que falta em tamanho sobra em atrevimento. Isso foi dito sobre um galinho garnisé numa revista Globo Rural dos anos 80, mas também serve pra mim.

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