
Mesmo muito antes daquele cdzinho do discador da IG, conexão já era uma palavra que tinha tudo a ver conosco. Conexão é aquele zunido bizarro da internet discada, inserir a senha do wi fi e ler conectado, mas também é cada ponto das nossas histórias que tocam as histórias dos outros.
Somos bicho humano e a gente sempre arruma um jeito de conectar. Os espaços de conexão são vários e todos parecem uma grande colcha de retalhos. Na cidade, os percursos são diversos, as pessoas também, eles se encontram e desencontram. De tanto se esbarrar, cria-se uma conexão. Ora são zés e marias ninguém, ora são aqueles do ônibus 9410, aqueles do twitter, aqueles do grupo de vídeos e fotos de bichos fofinhos.
Nesse mundo feito de esbarrões, onde linhas invisíveis unem e desunem pessoas, a gente existe e as conexões se fazem. Nem sempre entre pessoas. A gente se conecta até com os prédios bonitos que contemplamos no caminho. Basta ter tempo de olhar, olhar mesmo, para o cérebro criar uma lembrança nomeada prédiohistóricobonito.neurônio. Com o tempo, nossas histórias se tornam parte da cidade. A praça não é só a praça Nome Masculino de Um Cara Branco e Rico, ela é a praça onde a gente andou pela primeira vez de bicicleta, onde se quebrou o dente na infância, onde todo mundo joga pokémon Go.
A história começa no funcionamento dos neurônios. Os dendritos captam sinais elétricos e os retransmitem para o axônio e o axônio se conecta com outros neurônios ou mesmo com células de diferentes tecidos. Isso feito inúmeras vezes e em todo o tecido nervoso. Conexões múltiplas que juntas criam nossa percepção e memória. E o que seria da memória sem um punhado de ligações entre nós, os outros e as coisas?
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