
De salto e terninho, me sentei em um bar conhecido por vender chopp em dobro para engravatados durante o happy hour. Rapidamente, um cara me abordou. Respondi “Não, eu não estou acompanhada, moço” e o jogo começou.
Trocamos palavras, muitos beijos e alguns sorrisos e eu falei para ele vir comigo. Peguei sua mão e com jeitinho o guiei para fora do bar. “Vamos para um lugar mais reservado?”, eu disse enquanto o levava para o meu carro.
Encontramos minhas amigas pouco tempo depois. No olho, avaliaram com muito gosto o material que eu tinha levado e brincaram dizendo “Esse vai dar um trabalho, hein?”. Ele riu todo faceiro, com a certeza que tinha tirado a sorte grande. Juntos brindamos com cosmopolitans nas mãos.
Meia hora após o brinde, ele acordou e se deparou com muito mato, pouca luz, comigo e com minhas amigas. Nenhuma de salto, todas vestidas para matar: calça, coturno e espingarda. Demos uns minutos para ele tentar se esconder e saímos à caça.
Acertei suas costas e subi três posições no placar. Na próxima semana, já alcanço o primeiro lugar. É tipo um Counter Strike, mas no lugar das balas, usamos dardos tranquilizantes e depois devolvemos o animal para seu habitat, o bar.
Texto publicado originalmente no meu perfil na Sweek para o concurso #MicroJogo.
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